30 de setembro de 2010

A minha vontade compulsiva

Pois a mim deu-me uma vontade compulsiva de me esconder debaixo do edredon, com os gatinhos-vossos-sobrinhos. Mas vocês as duas são umas abelhinhas, gostam de me picar!
Agora Kalmis é que nada, só a pedido...

páginas inteiras

hoje tive vontade de escrever. uma vontade compulsiva. quase como que uma necessidade louca de encher páginas de palavras e quase-frases. não conseguia concentrar-me em mais nada. não sei se é das saudades, se é da ansiedade de voltar a ver alguéns. é nestas alturas em que eu penso que se houvesse os tais cursos de se ser escritora, estaria lá provavelmente..

o meu corpo está cansado, a minha alma está cheia de pressa
...ou será ao contrário?

27 de setembro de 2010

hoje nao...

hoje nao sou capaz.. queria responder aos textos. falar-vos do orgulho de voces. dizer-te (com mais palavras) catarina, que esses doze quilos sao lindos tal como tu toda e sao por inteiro, bom sinal *-*
e dizer-te marta (tambem com mais palavras) que desde ha alguns anos que penso que talvez encaixe mesmo em direito mas nao sei se era aquilo que me realizaria melhor.

mas hoje pouco mais consigo dizer, amanha sera pior. mas depois passa. dois dias de pausa do mundo para voltar a mim mesma em grande estilo.

A mesma conversa, uma irmã diferente: direito por luva torta

A Maria caminha a passos largos para a quinta dimensão da vida: entrar na faculdade. O senhor meu pai, ao longo do processo de decisão que é escolher o que ser «quando se for grande», foi-me sempre dizendo que teria de fazer uma escolha responsável ou nada mais me restaria senão «vender tecido a metro» (ainda não estávamos na era das Zaras). Queria muito que eu fosse engenheira ou economista. Quando já temia o pior, lá me decidi por um curso «sério», Direito. E eu, nesta engrenagem terrível que é a genética, tentei o mais que consegui que a Catarina também se decidisse por um curso «sério», Direito seria uma maravilha. Fomos tantos a soprar-lhe ao ouvido que a Catarina perdeu um ano em Psicologia. Digo que perdeu um ano porque detestou profundamente aquela «seriedade» toda que lhe impingimos. E lá foi ela para Teatro, porque se há coisa que ela adora são as tábuas, as suas queridas tábuas. Já me tentei fazer passar por Doutora na matéria, e dizer-lhe que a televisão é que é, mas finalmente percebi que ela sabe muito bem o que quer. Melhor que eu. Com maior definição e qualidade de som.
Ora, a história repete-se, anos depois. A Maria, que só sabe desde pequenina que quer ser escritora, mas não há cursos «de se ser escritor», não sabe o que fazer da sua vida. Diz-me que quer ir para Teatro, mas eu acho que é por influência auto-induzida. Ou ir para Londres, estudar Cinema. Mas eu acho que é pela liberdade londrina, por essa até eu me doutorava em Circo! Foi para Ciências, mas escreve como poucas e argumenta com a habilidade dos doutos. O diagnóstico: Direito! Mas só a medo lhe disse que não seria má ideia... aprendi a minha lição: devemos, essencialmente, fazer n(d)a vida o que nos traga felicidade. O que nos permita encarar a segunda-feira com preguiça mas animo. E é muito distinto saber o que queremos fazer na vida, e saber que curso superior queremos tirar. A ordem é esta que indique, porque o curso é um meio, desprovido de sentido se não tivermos pistas sobre o fim.
Disse-lhe isso mesmo. E que o carreirismo jaz morto na modernidade hodierna e na turbulência dos dias. Não somos gente ou mulheres de carreira, que essas fazem as formigas. Somos gente de fazer, não somos mulheres de sofá. Portanto, à Maria disse que o curso era uma vivência única mas a seleccionar com inteligência e abertura de espírito. O que é tramado é que, no fundo ou se calhar mais à superfície, eu acho mesmo que Direito lhe assentava que nem uma luva torta...

Três Irmãs e meia?

O nosso irmão João (o mais crescidinho) está invejoso porque não foi chamado a participar no «Três Irmãs»... Ameaça colocar uma peruca loira e fazer-se à blogosfera! Menino aqui não entra... Só falta o Afonso avançar-se com uma farta cabeleira ruiva.


Para a minha sobrinha Madalena, que já pesa quase 1700 kg!

Encantos da maternidade!

Tenho a dizer que meu encanto é tão grande e tão profundo no que diz respeito a esta matéria que já vai nos 12 kg a mais... O mais encantador é que a minha Madalena só possui 1,670kg dessa massa encantada, o resto distribui-se por todo o corpo da mamã!
Fiquei traumatizada, confesso... Com vontade de ir correr cerca de 30km e fazer umas 2 ou 3 horas de ginásio por dia, mas a verdade é que a proeminência chamada Madalena já condiciona um bocadinho essa vontade, como tal, decidi sentar-me em frente ao computador (a beber um chá e a comer umas bolachas Maria) e partilhar esta estranha sensação de quem cresceu 12kg nos últimos 7 meses e qualquer coisa!
O mais importante, eu sei, é que a minha pequerrucha está bem e recomenda-se! Com grande apetência para a dança, as artes marciais e outros afins, aqui aguarda o momento de chegada a este scary world!

26 de setembro de 2010

E agora uma pausa Kleenex

... que acabei de ler o último post da Catarina...

Um fim-de-semana em glória...

... é um fim-de-semana em que precisamos de um sorriso aberto e as nossas irmãs são as mais sorridentes da fila.
Obrigada, Maria, pelos truques que te pude ensinar e pelo sábado cinco estrelas e meia e mais todas as do céu. O Elvis e o Simão estão com saudades tuas! E a Kitty também. Ah, e eu, pois, claro.
Obrigada Catarina, sei que está sempre vigilante.
E já fiz pesquisa sobre o saco de fraldas e biberons da minha sobrinha Madalena.
E amanhã começa a primeira semana do resto da minha vida. Sei que vos tenho aí e aqui, e por isso está tudo bem.

irónico...

"A Juventude Social Democrata inicia amanhã uma campanha nacional para assinalar o “Regresso às aulas” dos alunos do Ensino Básico e Secundário, sob o lema “Sou mal educado – graças a 15 anos de governação socialista.” Esta campanha passará já na próxima semana pelo distrito de Leiria. A JSD prende inverter o afastamento dos jovens da política, procurando convencer os estudantes do ensino básico e secundário a participarem mais na vida política e a fazerem ouvir a sua voz."
jsddistritalleiria.blogspot.com

Há algo neste excerto que me dá arrepios na espinha, só não sei se serão as palavras "prende inverter" , se será a expressão "convencer os estudantes" ou a hipocrisia da campanha dentro de uma biblioteca escolar onde se ouviram frases como "isto não é sobre o nosso partido" que antecederam a entrega de horários cuja ilustração aqui se encontra.


eu sou aluna do ensino secundário e estive presente numa desta palestras/campanhas. estou completamente de acordo com a ideia de que os adolescentes precisam de "fazer ouvir a sua voz", manifestarmo-nos sobre aquilo que achamos que está correcto, opinar-mos e quem sabe, estudar-mos ao ponto de sermos alguém na vida e podermos finalmente sermos respeitados ao ponto de nos ouvirem realmente.
manifesto-me aqui. alguns não reconheceram/reconhecerão a acção tão "nobre" por trás de outra tão "generosa".
mas eu fi-lo.

achei importante falar sobre isto, afinal de contas, é um pormenor interessante no meu novo início visto que veio logo a seguir ao convite para ir para o parlamento de jovens.
irónico não?

Inícios simultâneos...

Parece que, em ritmos, espaços, momentos e aromas distintos, todas encaramos novos inícios. Procuramos respostas ou apenas destinatários, reflectimos, questionamos, descobrimos que nos perdemos ou perdemo-nos inicialmente sem entender o porquê. E, mesmo com motores diferentes, acabamos por coincidir em angústias, hesitações e sentimentos ambíguos...
Não estaremos sózinhas nunca, de facto. Porque, independentemente de passados ou futuros, nos temos a nós, em tom incondicional. Por vezes procuraremos uma solidão saudável, um momento apenas, para escutar o vazio e recordar dores e simpatias, sabendo que, quando regressarmos para outros inícios, nos teremos sempre a nós, as três irmãs (e outros tantos).

24 de setembro de 2010

Maria...

Eu sei que é por isso que somos irmãs. Ou melhor, somos irmãs e escolhemos ser irmãs assim, dessa forma que descreves. E ainda há espaço em branco para sermos mais. Amanhã vou buscar-te. E partilhar contigo a geografia e o momento, que não é bom, mas é de início(s). Eu sei que nunca estou sozinha. A ideia deste blogue foi precisamente homenagear essa ausência de solidão. Mas há alturas em que se sente o que se sabe ser inverosímil, ou outras em que o que se sente supera o que se sabe. São apenas minutos, depois tudo volta ao lugar.
Como tu, agora que tiveste de trocar o sul pelo meio, sentes falta dos teus amigos e quase-namorado. E não estás sozinha. Mas na semana passada houve momentos em que olhei para ti e estavas profundamente perdida na tua geografia nova, imposta, e deserta desses amigos, momentos e afectos.
Sabes bem do que falo, sem saberes exactamente do que falo. E as irmãs mais velhas, aquelas que são a mais velha e portanto já não foi irmã-quase-mãe, mas aquela irmã que parece ser exemplo para tudo e fazer tudo bem, servem para guardar as mais pequenas se saberem exactamente do que falo. Sabes porquê? Porque há coisas que precisamos de sentir, para aprender a gostar mais ainda da vida. Mas há outras que não trazem nada de novo, senão sofrimento inócuo. Eu pretendo guardar-te destas últimas e, desculpa, deixar-te à merçé das primeiras. Porque tem de ser.

Somos estas (e que menininhas que estavamos aqui! E só passaram dois anos...)


23 de setembro de 2010

é por isto que somos irmãs

a tua chegada, marta, vai ser diferente.. vai causar-te turbilhões que provavelmente vão ser dificeis de controlar, de exprimir ou de suprimir mas ouve : irei ter contigo se quiseres. se precisares. ou só porque sim. porque mesmo que às vezes não seja isso que sentes, não estás sozinha seja qual for o canto do mundo onde te sentires de facto, completa. afinal, a família é isto.
catarina, minha irmã-quasemãe, já foste mãe cinco vezes, sendo que o francisco ainda é pequenino. uns mais teus que outros mas mesmo que não o fossemos, fomos. e foste menina muitas vezes e outras tantas, mesmo antes de o seres, foste mulher. nada muda quem tu és! és demasiado tu para que isso aconteça. a rotina, os habitos, o caminho,tudo muda. tu, nunca. crescer não é mudar quem somos, é aperfeiçoar. e tu vais crescer com ela.
é por isto que somos irmãs, porque em geografias diferentes, estamos sempre presentes, e cada bocadinho que crescemos partilhamos, em momentos (ou em textos como este) umas com as outras.

22 de setembro de 2010

Quase, quase...

A mudança, o diferente, o novo, podem ser aterrorizadores... Provoca vertigens, dá voltas na barriga, faz parar o cérebro e, ao mesmo tempo, acelera-o tanto que disparam alarmes, sinetas e flashes de alerta...
Todos os dias sinto o diferente de maneira diferente; nos últimos tempos sinto-o intenso, à flor da pele. E com o tempo que tenho para pensar nele, mais profundo se torna.
Estou quase, quase a conhecer um novo diferente... "Pontapeteia-me" constantemente, como que a relembrar-me: "Estou quase a chegar!" Não estou completamente consciente de tudo o que vai mudar, prefiro ir sendo surpreendida pela mudança do que viver a angústia antecipada. Estou ansiosa, receosa, contente, expectante, maior (para a frente, para os lados, em todos os ângulos e direcções). Tenho medo de perder a pessoa, a actriz, a menina/mulher, para ser a mãe. Quero muito ser tudo! Preciso muito de ser tudo!

Às outras duas irmãs

Minhas queridas irmãs, esta estreia colectiva no universo virtual liga directamente o eixo Lisboa-Montemor-Castelo Branco, e junta-se ao «Mouche» e às viagens.
A Madalena está quase a chegar. Passamos a ser 3/5, Catarina?
A Maria está indecisa quanto ao futuro e à cor do cabelo. Catarina?
E eu estou quase quase quase a voltar para Lisboa. Este regresso é diferente. Catarina? Maria?

aspirante a escritora

sou, talvez, sim, aspirante a escritora... uma expressão que soa nos meus ouvidos como que pistas para completar o mapa que trago no bolso de trás das calças de ganga escura.
há um festival de propostas para as minhas supostas aspirações... chego a receber ideias de onde devo ser "aspirada" . mas concluo. por enquanto, serei aspirante a pessoa. uma boa se for possivel ... convosco, familia. porqe é isso que somos, as três e mais alguns.
assim serei... escritora, actriz, medica, fisica, o que for. mas pessoa, humana ao maximo, correcta por vezes, maior certamente.