3 de março de 2011

De regresso

Foram passando os meses e deixámos de dedicar aquele bocadinho do dia para partilhar...
A Madalena nasceu, as hormonas voltaram ao seu nível "normal" e tenho vivido a 100% esta nova etápa. Ser mamã é muito mais preenchedor e surpreendente do que alguma vez imaginei!
Passaram-se três meses e todo o mundo é diferente neste momento! Estou feliz! E expectante perante todas as mudanças que se vão desenrolando, todos os dias.
Entretanto voltarei a trabalhar, o que também já vou sentindo saudades... Apesar de não saber muito bem como vou sentir e encarar o facto de estar mais tempo longe daquela que é a minha prioridade, a minha giraça!
Não soframos por antecipação, quero aproveitar cada segundinho de tudo isto!!!

8 de novembro de 2010

..hey..

ainda aqui estou.. mesmo quando não são expostas, neste caso virtualmente, as minha palavras quero dar a conhecer: ainda aqui estou, para voces.

17 de outubro de 2010

até me sinto bem

na minha terra dizem que um fim de semana são dois dias mas ha momentos em que são quase dois anos e outros.. em que são só duas horas. pessoas que nos abraçam fazem falta, a pessoa que nos abraça faz-nos falta, abraços fazem-nos falta.
alguem disse "quando estou feliz nao sei escrever". é quase isso, contudo quando nos sentimos bem sentimos vontade de escrever nem que seja para registar para quando não estivermos vermos que vale a pena.

13 de outubro de 2010

paragens... ainda ontem - que nao fui capaz de vir aqui - falei sobre a minha paragem de eleição. que é a tua paragem catarina, onde eu gostava tanto de estar na maior parte do meu tempo (levando-os). para assistir a madalena e a sua evoluçao tao bem falada no livrinho/agenda que tens. para estar contigo, com o joao, com os meus amigos! muita gente, não só voces, falam-me de que os amigos vão e vêm e que os que são para ficar, ficam. mas eu queria que ficassem , ja que não pode ser aqui ao pe de mim, uns 100 km mais perto. ontem, um ataque de saudades, hoje a histeria do amanha, depois a pausa e é um ciclo quase vicioso...

Os últimos retoques

Na recta final, em que as hormonas andam em rodopio e a instabilidade emocional reina aqui, terminam-se os ultimos preparativos para a chegada da Madalena... Há dias em que estou tão insuportável que nem eu mesma tenho paciência para mim, mas a pieguice e os ataques de nervos são mesmo incontroláveis! E o mais impressionante é eu ter consciência disso mas não poder fazer nada contra... É uma aventura!
Por outras paragens preparam-se outros começos, reerguem-se muralhas e afina-se a armadura para seguir com a batalha, corajosamente... Depois de um fim de semana muito fashion e glamoroso!

4 de outubro de 2010

Silenciosa... q.b.

Tenho estado sossegada no meu cantinho... Não que não tenha nada para dizer, mas por vezes há que parar e perceber o que se deve ou pode dizer... Por isso, às vezes fico calada, a tentar decifrar-me, até às ínfimas motivações.
São turbilhões, contradições e dualidades, tudo coisas saudáveis que me enchem o espírito!
Mas hoje, inspirada por mais uma mala feita e uma viagem de autocarro, decidi aparecer e quebrar o meu silêncio, ou ausência mais prolongada. Estou aqui! Depois de um fim de semana familiar, com um toque de trabalho (e que bem que sabe), surge outra semana tranquila! Nos preparativos (quanto mais não seja mentais) de chegada da Madalena, nas conversas com irmãs (três e mais umas quantas), no matar de saudades (umas próximas outras tão longe), nos sonhos e idealizações de como será depois... É o dia-a-dia de mim :)

3 de outubro de 2010

Um domingo chuvoso albicastrense

O que é que se faz num domingo chuvoso, já a pedir lareira porque ainda não está frio mas cheira a frio, no meio do vale em Castelo Branco, com a segunda-feira a ameaçar a chegada?
Pensa-se que terça é feriado. Vivá República!
Maria, hoje podíamos ser 20. Nem as Tílias nos salvam...

Os cinco

Hoje somos dez. E os cinco estão juntos, todos. Parece que por aqui vamos ter mais vezes assim do que nos ultimos tempos. Ainda bem! Concluo, assim, que há coisas que gosto nesta terra. As vozes de cada um soam nesta sala e juntam-se umas às outras como um puzzle. Porque fazemos sentido juntos. Família, acho que é isso que quer dizer. E dá aquele aspecto de confusão contrastado com a sensação de equilibrio.
Vai sempre fazer. Cada vez que nos vejo juntos temos mais para contar, experiências vividas, mais histórias e até palavras novas. E assim, é como um festival caseiro em que é dificil estarmos em baixo e impossível estarmos sozinhos.
Eu gosto disto, bastante.

30 de setembro de 2010

A minha vontade compulsiva

Pois a mim deu-me uma vontade compulsiva de me esconder debaixo do edredon, com os gatinhos-vossos-sobrinhos. Mas vocês as duas são umas abelhinhas, gostam de me picar!
Agora Kalmis é que nada, só a pedido...

páginas inteiras

hoje tive vontade de escrever. uma vontade compulsiva. quase como que uma necessidade louca de encher páginas de palavras e quase-frases. não conseguia concentrar-me em mais nada. não sei se é das saudades, se é da ansiedade de voltar a ver alguéns. é nestas alturas em que eu penso que se houvesse os tais cursos de se ser escritora, estaria lá provavelmente..

o meu corpo está cansado, a minha alma está cheia de pressa
...ou será ao contrário?

27 de setembro de 2010

hoje nao...

hoje nao sou capaz.. queria responder aos textos. falar-vos do orgulho de voces. dizer-te (com mais palavras) catarina, que esses doze quilos sao lindos tal como tu toda e sao por inteiro, bom sinal *-*
e dizer-te marta (tambem com mais palavras) que desde ha alguns anos que penso que talvez encaixe mesmo em direito mas nao sei se era aquilo que me realizaria melhor.

mas hoje pouco mais consigo dizer, amanha sera pior. mas depois passa. dois dias de pausa do mundo para voltar a mim mesma em grande estilo.

A mesma conversa, uma irmã diferente: direito por luva torta

A Maria caminha a passos largos para a quinta dimensão da vida: entrar na faculdade. O senhor meu pai, ao longo do processo de decisão que é escolher o que ser «quando se for grande», foi-me sempre dizendo que teria de fazer uma escolha responsável ou nada mais me restaria senão «vender tecido a metro» (ainda não estávamos na era das Zaras). Queria muito que eu fosse engenheira ou economista. Quando já temia o pior, lá me decidi por um curso «sério», Direito. E eu, nesta engrenagem terrível que é a genética, tentei o mais que consegui que a Catarina também se decidisse por um curso «sério», Direito seria uma maravilha. Fomos tantos a soprar-lhe ao ouvido que a Catarina perdeu um ano em Psicologia. Digo que perdeu um ano porque detestou profundamente aquela «seriedade» toda que lhe impingimos. E lá foi ela para Teatro, porque se há coisa que ela adora são as tábuas, as suas queridas tábuas. Já me tentei fazer passar por Doutora na matéria, e dizer-lhe que a televisão é que é, mas finalmente percebi que ela sabe muito bem o que quer. Melhor que eu. Com maior definição e qualidade de som.
Ora, a história repete-se, anos depois. A Maria, que só sabe desde pequenina que quer ser escritora, mas não há cursos «de se ser escritor», não sabe o que fazer da sua vida. Diz-me que quer ir para Teatro, mas eu acho que é por influência auto-induzida. Ou ir para Londres, estudar Cinema. Mas eu acho que é pela liberdade londrina, por essa até eu me doutorava em Circo! Foi para Ciências, mas escreve como poucas e argumenta com a habilidade dos doutos. O diagnóstico: Direito! Mas só a medo lhe disse que não seria má ideia... aprendi a minha lição: devemos, essencialmente, fazer n(d)a vida o que nos traga felicidade. O que nos permita encarar a segunda-feira com preguiça mas animo. E é muito distinto saber o que queremos fazer na vida, e saber que curso superior queremos tirar. A ordem é esta que indique, porque o curso é um meio, desprovido de sentido se não tivermos pistas sobre o fim.
Disse-lhe isso mesmo. E que o carreirismo jaz morto na modernidade hodierna e na turbulência dos dias. Não somos gente ou mulheres de carreira, que essas fazem as formigas. Somos gente de fazer, não somos mulheres de sofá. Portanto, à Maria disse que o curso era uma vivência única mas a seleccionar com inteligência e abertura de espírito. O que é tramado é que, no fundo ou se calhar mais à superfície, eu acho mesmo que Direito lhe assentava que nem uma luva torta...

Três Irmãs e meia?

O nosso irmão João (o mais crescidinho) está invejoso porque não foi chamado a participar no «Três Irmãs»... Ameaça colocar uma peruca loira e fazer-se à blogosfera! Menino aqui não entra... Só falta o Afonso avançar-se com uma farta cabeleira ruiva.


Para a minha sobrinha Madalena, que já pesa quase 1700 kg!

Encantos da maternidade!

Tenho a dizer que meu encanto é tão grande e tão profundo no que diz respeito a esta matéria que já vai nos 12 kg a mais... O mais encantador é que a minha Madalena só possui 1,670kg dessa massa encantada, o resto distribui-se por todo o corpo da mamã!
Fiquei traumatizada, confesso... Com vontade de ir correr cerca de 30km e fazer umas 2 ou 3 horas de ginásio por dia, mas a verdade é que a proeminência chamada Madalena já condiciona um bocadinho essa vontade, como tal, decidi sentar-me em frente ao computador (a beber um chá e a comer umas bolachas Maria) e partilhar esta estranha sensação de quem cresceu 12kg nos últimos 7 meses e qualquer coisa!
O mais importante, eu sei, é que a minha pequerrucha está bem e recomenda-se! Com grande apetência para a dança, as artes marciais e outros afins, aqui aguarda o momento de chegada a este scary world!

26 de setembro de 2010

E agora uma pausa Kleenex

... que acabei de ler o último post da Catarina...

Um fim-de-semana em glória...

... é um fim-de-semana em que precisamos de um sorriso aberto e as nossas irmãs são as mais sorridentes da fila.
Obrigada, Maria, pelos truques que te pude ensinar e pelo sábado cinco estrelas e meia e mais todas as do céu. O Elvis e o Simão estão com saudades tuas! E a Kitty também. Ah, e eu, pois, claro.
Obrigada Catarina, sei que está sempre vigilante.
E já fiz pesquisa sobre o saco de fraldas e biberons da minha sobrinha Madalena.
E amanhã começa a primeira semana do resto da minha vida. Sei que vos tenho aí e aqui, e por isso está tudo bem.

irónico...

"A Juventude Social Democrata inicia amanhã uma campanha nacional para assinalar o “Regresso às aulas” dos alunos do Ensino Básico e Secundário, sob o lema “Sou mal educado – graças a 15 anos de governação socialista.” Esta campanha passará já na próxima semana pelo distrito de Leiria. A JSD prende inverter o afastamento dos jovens da política, procurando convencer os estudantes do ensino básico e secundário a participarem mais na vida política e a fazerem ouvir a sua voz."
jsddistritalleiria.blogspot.com

Há algo neste excerto que me dá arrepios na espinha, só não sei se serão as palavras "prende inverter" , se será a expressão "convencer os estudantes" ou a hipocrisia da campanha dentro de uma biblioteca escolar onde se ouviram frases como "isto não é sobre o nosso partido" que antecederam a entrega de horários cuja ilustração aqui se encontra.


eu sou aluna do ensino secundário e estive presente numa desta palestras/campanhas. estou completamente de acordo com a ideia de que os adolescentes precisam de "fazer ouvir a sua voz", manifestarmo-nos sobre aquilo que achamos que está correcto, opinar-mos e quem sabe, estudar-mos ao ponto de sermos alguém na vida e podermos finalmente sermos respeitados ao ponto de nos ouvirem realmente.
manifesto-me aqui. alguns não reconheceram/reconhecerão a acção tão "nobre" por trás de outra tão "generosa".
mas eu fi-lo.

achei importante falar sobre isto, afinal de contas, é um pormenor interessante no meu novo início visto que veio logo a seguir ao convite para ir para o parlamento de jovens.
irónico não?

Inícios simultâneos...

Parece que, em ritmos, espaços, momentos e aromas distintos, todas encaramos novos inícios. Procuramos respostas ou apenas destinatários, reflectimos, questionamos, descobrimos que nos perdemos ou perdemo-nos inicialmente sem entender o porquê. E, mesmo com motores diferentes, acabamos por coincidir em angústias, hesitações e sentimentos ambíguos...
Não estaremos sózinhas nunca, de facto. Porque, independentemente de passados ou futuros, nos temos a nós, em tom incondicional. Por vezes procuraremos uma solidão saudável, um momento apenas, para escutar o vazio e recordar dores e simpatias, sabendo que, quando regressarmos para outros inícios, nos teremos sempre a nós, as três irmãs (e outros tantos).

24 de setembro de 2010

Maria...

Eu sei que é por isso que somos irmãs. Ou melhor, somos irmãs e escolhemos ser irmãs assim, dessa forma que descreves. E ainda há espaço em branco para sermos mais. Amanhã vou buscar-te. E partilhar contigo a geografia e o momento, que não é bom, mas é de início(s). Eu sei que nunca estou sozinha. A ideia deste blogue foi precisamente homenagear essa ausência de solidão. Mas há alturas em que se sente o que se sabe ser inverosímil, ou outras em que o que se sente supera o que se sabe. São apenas minutos, depois tudo volta ao lugar.
Como tu, agora que tiveste de trocar o sul pelo meio, sentes falta dos teus amigos e quase-namorado. E não estás sozinha. Mas na semana passada houve momentos em que olhei para ti e estavas profundamente perdida na tua geografia nova, imposta, e deserta desses amigos, momentos e afectos.
Sabes bem do que falo, sem saberes exactamente do que falo. E as irmãs mais velhas, aquelas que são a mais velha e portanto já não foi irmã-quase-mãe, mas aquela irmã que parece ser exemplo para tudo e fazer tudo bem, servem para guardar as mais pequenas se saberem exactamente do que falo. Sabes porquê? Porque há coisas que precisamos de sentir, para aprender a gostar mais ainda da vida. Mas há outras que não trazem nada de novo, senão sofrimento inócuo. Eu pretendo guardar-te destas últimas e, desculpa, deixar-te à merçé das primeiras. Porque tem de ser.